segunda-feira, 27 de junho de 2011

Quando Deus decide pesar

Texto: Dn. 5:27

TEQUEL: Pesado foste na balança, e achado em falta".

Acredito que a balança seja um inimigo na vida de muitas pessoas.  Ao passar por ela, muitos saem tristes, insatisfeitos e ate mesmo indignados.  Entretanto, a balança não mente. Ela diz como você está. Revela tanto  nossos excessos como as nossas faltas. Muitos  chegam a evitá-la, visando não confrontar suas informações precisas,enquanto que outros, estão sempre avaliando seu peso, a fim de manter-se em forma.

Diz o texto, Belshazzar, neto de Nabucodonosor, que viveu no século VI a.C, em virtude de suas heresias,  e de sua postura  de profanar os vasos sagrados do templo de Jerusalém, fora pesado por Deus. E o resultado da pesagem revelou  EXCESSO E FALTA; extremos; desequilíbrio nas ações; descontrole; peso intolerável; sobrecarga de iniquidades; negligência na aplicabilidade dos deveres.

Belshazzar ultrapassou seus limites, avançou o sinal vermelho de Céu; agiu incoerentemente; ignorou os parâmetros de Deus; abusou da misericórdia divina; não pesou as consequencias de seus atos; achou que Deus não levaria em conta seus desmandos, até o dia da sua pesagem.

E quando chegou esse dia, Belshazzar foi encontrado fora de forma! Não se preocupou em momento algum em avaliar suas posturas diante da vida. Não se esmerou em eliminar  a carga pesada do pecado que pairava sobre a sua alma; Não se constrangeu com os excessos da sua arrogância e presunção, até o dia em que a mão de Deus se moveu contra a sua vida. Sua sentença estava sendo decretada; sua coroa estava sendo removida; seu poder estava sendo sobrepujado.

Amados não esperemos que a mão de Deus começe a escrever nas paredes de nossa vida, sentenças contra nós. Diz a Escrituras, que horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo . Não queira brincar com o sagrado. Deus não se deixa escarnecer. Belsazar estava alegre e animado no começo da festa,mas quando ele viu a mão de DEUS ficou completamente abalado,corpo,alma e espírito. Ele sabia que era chegada a hora do paredão; da berlinda. Era chegada a hora da sua pesagem.

E quando Deus decide pesar; chamar o homem à responsabilidade; à um ajuste de contas, é impossível maquiar, esconder, camuflar nossos excessos. Diz a Bíblia que Deus é sabedor de todas as coisas; dele nada podemos omitir; todas as coisas que estão encobertas haverão de ser reveladas.  Deus haverá de cobrar de ti  todas as palavras denescessárias que tu proferistes;  todas as verdades que tu omitistes; todas as ações que tu não medistes as consequencias(“porque o Senhor é o Deus da sabedoria, e por ele são pesadas todas as ações” I Sm 2.3); todas as oportunidades que tu perdestes; todas as mensagens que tu ouvistes; todos os pecados que tu praticastes; todos os limites que tu ultrapassastes.

Quando Deus decide pesar, é impossível esconder nossas faltas.  Falta de humildade; de tolerância; amor( Éfeso); serviço( sacerdote e o levita); abnegação(rico insensato); compromisso( não deixar as redes); fé( Tomé); Domínio próprio( Pedro); sensibilidade( Jonas); sabedoria.

Quando Deus decide pesar, é impossível usar medidas diferentes, pois a balança enganosa é abominação ao Senhor, mas o peso justo é o seu prazer”( Pv. 12:2) . No juízo divino não existem dois pesos e duas medidas( Pv. 20:23). Não existe o jeitinho brasileiro; a possibilidade de burlar a justiça. Deus quando pesa, pesa com justiça; pesa com exatidão, com precisão . O peso e a balança justos são do Senhor; obra sua são todos os pesos da bolsa." (Pv 16:11).  O peso fraudulento e a medida falsa são abominação ao Senhor, tanto uma como outra coisa."( Pv 20:10) Deus não  procura tirar proveito da situação ou levar alguma vantagem. Seu peso será o reflexo da sua semeadura e a eternidade o fruto da sua colheita.

Quando Deus resolve pesar, é impossível  nos eximir. Ninguém escapará do tribunal de Cristo. Todos nós haveremos de comparecer pertante o Rei dos reis para um ajuste de contas. É um encontro marcado, inevitável e individual. Cada um prestará contas de si mesmo a Deus( Rm. 14:12). Todos nós, cedo ou tarde, estaremos subindo ali para sermos pesados. Não se esqueça que há uma linha divisória entre a longanimidade de Deus e a sua justiça; entre a sua paciência e a sua ação ajuizadora; entre o seu esperar e o seu agir. A  tolerância de Deus é igual a zero para quem ultrapassa a linha vermelha. Ninguém escapará do juízo. A verdade é que o mau não ficará sem castigo (Pv 11.21).

CONCLUSÃO:
Se você não avaliar hoje mesmo a tua vida e não corrigir teus excessos e faltas diante de Deus,  a qualquer momento você poderá esperimentar a balança de Deus. Se a tua pesagem for negativa, se fores achado em falta, serás condenado ao eterno degredo, nas se fores encontrado em forma, aprovado, serás conduzido à eternidade. Pese-me Deus em balanças fiéis e conheça a minha integridade” (Jó 31.6).
( Pr. Ângelo Mário)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Origem do Dia de São João:

O dia de São João tem menos a ver com o santo católico do que se imagina”, diz a Folha de S. Paulo. Embora a festa ‘se confunda com o dia em que o santo teria nascido, a verdadeira comemoração é de caráter agrícola e pagão’. Resumindo as descobertas do antropólogo Câmara Cascudo, o jornal diz que “cultos solares germanos e celtas” festejavam a proximidade das colheitas “para afastar os demônios da esterilidade, das pestes dos cereais e das estiagens”. Anos mais tarde, os portugueses trouxeram a celebração para o Brasil.

O nome joanina teve origem, segundo alguns historiadores, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.

Em termos de nomenclatura, o Dia de São João, é uma forma de cristianizar uma festividade pagã, coisa que ocorria com muita freqüência dentro da Igreja Católica Romana nos primeiros séculos, com o objetivo de tornar o cristianismo mais aceitável para pessoas que estava acostumadas com as crenças e costumes pagãos.

Segundo o “mito católico romana”, toda essa celebração está registrada na Bíblia em Lucas 1:11-45. Embora a passagem de Lucas seja história propriamente dita, por fazer parte do cânon Sagrado das Escrituras, o que chamamos de “mito católico romano” se trata do enfeite que a Igreja deu para esse relato, a fim de ensinar aos seus fieis a comemorarem o Dia de São João.

Por exemplo, eles pegam esse relato e embelezam, dizendo que Elizabete disse que quando o menino João Batista nascesse, ela ascenderia um fogueira como sinal. Diz que quando o menino nasceu, todos, especialmente o pai,
Zacarias, ficaram muito alegres, e fizeram muito barulho, o que deu origem as bombinhas de São João. (Que imaginação!)

Explicando a provável coincidência do Dia de São João cair no dia da festividade do solstício, a
Wikipédia diz:
“No entanto, o significado da festa [junina] cair por volta do tempo do solstício é considerado por muitos como significativo, relembrando as palavras de João Batista com respeito a Jesus: “Ele deve aumentar, mas eu tendo a diminuir”. (John 3:30)

Provavelmente algum católico deve ter escrito essa parte da Wikipédia, uma vez que ela é feita pelos próprios internautas. A fim de justificar essa data como talvez “bíblica”, ela cai exatamente no dia da adoração solar. Pode isso?!

Se o Dia de São João correlacionado com a adoração do solstício “nos faz lembrar” das palavras de João 3:30, deveria também nos fazer lembrar de que ele não se achava digno de “desatar as sandálias” do Senhor Jesus. (Cfr. Mt. iii.11) No entanto, ele é hoje venerado, e ainda recebeu um dia que “coincide” com o dia em que se adorava o sol em Roma.Não há dúvidas de que o Dia de São João, ou as Festas Juninas, tem um fundo histórico pagão.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Conta comigo, Jesus!

1ª ETAPA DO PROJETO CRIANÇA CIDADÃ/ URBIS I
               O Projeto Criança Cidadã era apenas um sonho. Uma aspiração do coração da Igreja de fazer um pouco mais pela comunidade brumadense.Quando esse sonho foi compartilhado com outros, tornou-se realidade, pois idéias foram fundidas, mãos se estenderam e corações se uniram no propósito de promover  ações sociais que exprimissem amor aos pequeninos.
            Graças a Deus que a nossa primeira etapa foi realizada. Foi um sucesso, pois a comunidade se fez presente, os parceiros não mediram esforços e a Igreja esteve engajada em transformar seu sonho em realidade. Espero poder contar com vocês em outras etapas, pois esse sábado que se passou, foi apenas um ensaio para outras etapas que ainda haveremos de desenvolver.
       Quero, em nome do Senhor Jesus, agradecer a todos que participaram desse sonho e lembrar-lhes que ele só foi possível porque você disse a Jesus: " CONTA COMIGO!".  (VER FOTOS -MENU)
                                                                                                                    ( Seu Pastor)

domingo, 12 de junho de 2011

O valor de um Pastor

O valor de um pastor não é medido por sua popularidade, poder de persuasão ou quantidade de pessoas que atrai, mas sim por seu caráter e fidelidade a Deus (Jo 6.66 e 67);
O valor de um pastor não é medido pela aprovação de homens, mas pela aprovação de Deus. O pastor é segundo o coração de Deus e não segundo o coração dos homens (Jr 3.15);
O valor de um pastor não é medido pelo tamanho de sua igreja, mas por suas qualidades éticas, morais e espirituais;
O valor de um pastor não é medido pelo volume das entradas financeiras de sua igreja, mas por sua capacidade de suprir seu rebanho com a Palavra de Deus. Há pastores que se preocupam com a lã. Há pastores que se preocupam com as ovelhas.
O valor de um pastor não é medido pelo salário que ganha, mas pelo serviço que presta;
O valor de um pastor não é medido por sua capacidade política e de articulação, pois muitas vezes ele deixa de ser “politicamente correto” para permanecer justo e reto diante de Deus;
O valor de um pastor não é medido pelos cargos que ele ocupa na denominação, mas pelo serviço que presta à Obra de Deus;
O valor de um pastor não é medido pela satisfação de seus ouvintes, mas por sua pregação coerente aos valores do evangelho bíblico capaz de transformar vidas. A sua mensagem, ao invés de massagear o ego humano, às vezes desagrada por confrontar o ouvinte com a verdade;
O valor de um pastor não é medido pelo seu poder ou status, mas por sua submissão e obediência a Deus;
O valor de um pastor não é medido por sua autossuficiência. O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza de homens que às vezes julgamos fracos e incapacitados (2ª Co 12.9);
O valor de um pastor não é medido por sua condição física, mas por sua condição espiritual;
O valor de um pastor não é medido pela quantidade de amigos ou pessoas que o rodeiam, mas sim por seu amor às pessoas;
O valor de um pastor não é medido pelos seus discursos, mas pela autoridade de seu viver (Mt 7.9);
O valor de um pastor não é medido pelo crescimento quantitativo ou não da membresia de sua igreja, mas pelas transformações que suas mensagens geram em seus ouvintes. Há por aí templos cheios de pessoas perdidas, e igrejas pequenas onde pessoas experimentam a salvação em Cristo;
O valor de um pastor não é medido pelo seu poder de empolgar sua igreja ou plateia, pois seu chamado é para pastorear e não para “animar” auditório;
O valor de um pastor não é medido pelas crises que passa ou deixa de passar, mas pela maneira como se comporta em momentos difíceis;
O valor de um pastor é medido por critérios divinos e não humanos.
O pastor é dependente de Deus, e não de homens;
O pastor é homem frágil e pequeno, por meio do qual Deus realiza coisas grandes e extraordinárias;
O pastor sabe que seu chamado é para pastorear e não para gerir empresas; ele não se preocupa com números mas com a saúde de suas ovelhas;
O verdadeiro pastor não se “contextualiza” ao mundo, mas se esforça para tirar vidas do mundo;
O pastor de valor forma valores;
Se você tem um pastor, agradeça a Deus, ore por ele e ame-o!
(Pr.  Joaquim de Paula Rosa)

sábado, 11 de junho de 2011

Oração também requer ação

         Falamos muito na necessidade de orar, mas pouco refletimos sobre a ação que esta deve produzir em nossas vidas. Orar não significa apenas balbuciar algumas palavras diante de Deus, mas requer de nós atitude, ação, postura. O coração daquele que ora deve ser regado pela necessidade de avançar, conquistar, marchar mesmo em face dos infortúnios da vida, pois quando oramos somos motivados a nos movimentar rumo ao alvo que desejamos alcançar.
         Ore, mas não se esqueça de agir. Tem muita gente se escondendo na oração, a fim de justificar o seu medo de agir diante de algumas circinstâncias da vida. Enquanto você não age, muitas coisas deixam de acontecer em sua trajetória. Enquanto você não age, muitos sonhos deixam de ser realizados. Emquanto você não toma uma postura, a sua situação tende a se agravar.
        A orientação de Deus à Moisés diante do Mar Vermelho foi: " Por que clamas a mim, diga a meu povo que MARCHE!"( Ex. 14:15). Como é difícil marchar em meio às difiuldades e prosseguir mediante o mar de problemas. Diante do obstáculo Moisés se predispôs a orar, enquanto a palavra de ordem era MARCHAR! Discernir entre o momento de orar e agir tem sido uma grande incógnita para nós. Se esse é o teu dilema, peça direção a Deus e permita que a sua vontade prevaleça em tua vida. Mas, não se esqueça: TODA ORAÇÃO REQUER AÇÃO.      
(Pr. Ângelo Mário)  

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Igreja e Ação Social: uma dimensão da fé em ação

Por que a Igreja precisa se envolver com ação social? Essa pergunta já deveria estar ultrapassada no cotidiano missionário das igrejas locais, mas de tempos em tempos ela surge com maior ou menor força. É muito difícil encontrar um pastor ou um crente fiel que considere a ação social algo desnecessário ou não essencial na missão da Igreja. De fato, o que incomoda mais e causa muitos preconceitos são algumas questões teológicas e ideológicas que precisam ser melhor entendidas e, em alguns casos, superadas. Quando a igreja opta por uma Teologia que enfatiza a ação social, é comum surgirem resistências dos grupos mais conservadores. Assim foi com Walter Raushenbush, principal criador e articulador da Teologia do Evangelho Social, teólogo-pastor que soube conjugar adequadamente o amor a Deus e o amor ao mundo no início do século XX, nos EUA, mas que foi duramente criticado pela centralidade da ação social em sua Teologia. John Wesley, fundador do movimento metodis-ta, na Inglaterra do século XVIII, também enfrentou os mais conservadores de sua época quando optou por anunciar e viver um evangelho com di-mensão social. Por exemplo, a doutrina da santifi-cação wesleyana inclui dois movimentos que devem estar integrados: os atos de piedade e os atos de misericórdia. Para Wesley, não há santidade sem a conjugação adequada desses dois aspectos. Segundo ele, a santificação se alarga e se con-cretiza na interação humana. Enquanto a justificação pressupõe um ato de fé pessoal e intransferível, a santificação pressupõe a existência do outro, do próximo, tanto no nível comunitário eclesiástico como na esfera pública. Na tradição wesleyana, ninguém se santifica sozinho, pois a santificação é sócio-comunitária. No entendimento de Wesley “não há santidade que não seja santidade social (...) reduzir o Cristianismo tão somente a uma expressão solitária é destruí-lo”. O ministério de Jesus, conforme relatado nos Evangelhos como memória de fé das primeiras comunidades cristãs, evidencia a primazia da fé em ação, da prática das boas obras, ou seja, da ação social. “Lembremos apenas a ênfase posta na prática ao fim do Sermão da Montanha (Mt 7, 21-27), a parábola dos dois filhos (Mt 21, 28-32) e a do julgamento final (Mt 25, 31-46)”. Um forte exemplo da importância da ação social está na parábola do ‘último julgamento’ (Mt 25, 31-46), onde Jesus aponta com clareza quem participará do Reino preparado desde a fundação do mundo: “Vinde, benditos de meu pai, recebei o Reino (...), pois tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me recolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e vieste ver-me” (Mt 25, 35 e 36). Portanto, a ação social não pode ser vista ou compreendida apenas como dever, no sentido de uma obrigação formal e farisaica, pois ela é parte integrante da Missão da Igreja e deve ser acolhida como fruto natural de uma fé integral que tem, pelo menos, três elementos essenciais: afetivo (esfera dos sentimentos, das emoções); cognitivo (esfera da razão) e comportamental-normativo (esfera da ação) Portanto, a relação com Deus “implica conhecê-lo, amá-lo e servi-lo”.1 Sendo assim, a ação social, como uma das dimensões da fé em ação (práxis da fé), é essencial para a vivência do Evangelho.

Clóvis Pinto de Castro Pastor,docente do programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Religião e vice-reitor Acadêmico da Universidade Metodista de São Paulo.